Proposta do Brasil é aceita como rascunho final da Rio+20

O rascunho final da Rio+20, apresentado pelo Brasil foi aprovado por 193 países em consenso. O documento “O Futuro que Queremos” será enviado aos chefes de Estado e de governo, que ainda podem alterar o texto durante a cúpula de alto nível da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, que começa nesta quarta-feira (20), no Rio de Janeiro.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, abriu a sessão plenária para os delegados já anunciando o acordo. Diferentes grupos de países manifestaram que esperavam mais resultados, apesar de terem aprovado a redação. O Alba (Aliança Bolivariana para as Américas), G-77+China (grupo de países em desenvolvimento) e União Europeia eram os mais descontentes.

O Brasil buscou o meio termo com o uso de palavras brandas para conseguir que seu rascunho final da Rio+20 fosse aprovado. Se por um lado manteve os princípios das responsabilidades diferenciadas, pela qual países mais ricos devem arcar com mais dinheiro, por outro, diminuiu o tom da obrigatoriedade de financiamento por parte deles e ainda incluiu o setor privado.

O rascunho final do documento ‘O Futuro que Queremos”, entregue pelo Brasil reconhece a importância em aliar financiamento, transferência de tecnologia e necessidades nacionais para as politicas do desenvolvimento sustentável, mas não faz menção ao fundo de US$ 30 bilhões. Desde que o Brasil assumiu a redação do texto no sábado (16), o fundo pedido pelos países em desenvolvimento e criticado pelos ricos estava fora do documento.

O documento pede que os sistemas da ONU, em cooperação com “doadores relevantes”, coordenem o caminho para o mundo atingir o desenvolvimento sustentável, com apoio de parceiros, modelos de bons exemplos e metodologias de avaliação, sem especificar quem são esses doadores ou como eles estarão engajados na parceria.

UOL/Agência Brasil

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