Os maiores erros ao requerer (ou não) a aposentadoria pelo INSS

Ainda que pareça um futuro distante, a preocupação com a aposentadoria deve começar desde cedo para se ter garantia de um futuro confortável.

Mesmo quando contribuem corretamente, muitos contribuintes têm dúvidas e cometem erros no momento de requerer o benefício. Confira alguns dos principais deles:

Desatenção com a documentação

De acordo com o advogado de Direito Previdenciário Thiago Luchin, a desatenção com os documentos é um dos erros mais comuns de pessoas que pedem a aposentadoria pelo INSS. Normalmente, o necessário é levar carteiras de trabalho, carnês, laudos de insalubridade como o PPP e eventuais outros documentos que comprovem tempo de serviço.

Dar entrada no momento errado

“Infelizmente, tem sido muito comum verificar pessoas que deram entrada em sua aposentadoria e acabaram pegando um valor menor porque não sabiam que se esperassem determinado tempo afastariam os redutores na aposentadoria (fator previdenciário)”, explica o advogado. Para evitar este risco, ele afirma ser fundamental conversar com um especialista antes da requisição.

Confiar no sistema

Nem sempre é possível confiar na primeira informação que se recebe. “Com falta de pessoal, equipamento, treinamento e o stress que os servidores passam constantemente durante todo o período de trabalho, infelizmente tem sido muito comum ir até uma agência do INSS, ter uma informação e, logo em seguida ir em outra e ter uma informação completamente diferente”, alerta Luchin. Antes de estar vinculado ao INSS, é necessário buscar informações sobre seu caso em específico em todas as fontes possíveis.

Aumentar a contribuição no final

Há alguns anos, as pessoas que quisessem receber mais na aposentadoria usavam de um artifício: passar a usar uma quantia maior nos últimos anos de contribuição. Agora, o cálculo da aposentadoria mudou, garantindo que isso não seja mais possível. Ele corresponde à média de 80% dos melhores salários recebidos entre julho de 1994 até a data do requerimento, explicou Thiago, salvo quando atingir os requisitos da fórmula 85/95, “u seja, mulher atingir pelo menos 30 anos de contribuição e 55 anos de idade e o homem 35 anos de contribuição e 60 anos de idade”.

Desatenção no Imposto de Renda

A Receita Federal não deixa passar: na hora do requerimento do INSS, quaisquer problemas que o contribuinte tenha tido ao longo da vida na declaração do IR poderá vir em forma de multas ou outros problemas. Por isso, tenha atenção no preenchimento.

Confiar apenas em outros investimentos

Para o especialista, dada a situação econômica do país, não pagar o INSS é um erro, mesmo que haja outros investimentos planejados para a aposentadoria. Felizmente, a Previdência Social já com seus mais de 90 anos é um investimento considerável seguro e ao meu ver, com uma rentabilidade acima da média”, explica ele. “O valor que o segurado paga durante a sua vida laboral por exemplo é recuperado em alguns anos, quando passa a receber um benefício. Sem mencionar que ele pode se tornar uma pensão e perdurar por vários outros anos”, completa.

Ser conservador

Embora não recomende confiar apenas em outros investimentos, Thiago acredita que ser conservador a respeito da aposentadoria também é um equívoco. “Quando se planeja com antecedência e diversifica, as chances de ter uma aposentadoria sadia, sem preocupações, se torna mais certa”, explica o advogado.

“Com mais de 6 mil atendimentos no escritório pude perceber que, a maioria das pessoas que tem uma aposentadoria sadia, independente da classe social, são aquelas que diversificaram e planejaram a aposentadoria. Sempre garantindo o pagamento para a Previdência em primeiro lugar, uma previdência complementar, renda de aluguéis e outros investimentos”, garante.

Paula Zogbi (Infomoney)

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