Felizmente, o país da inflação galopante e das mais altas taxas de juros do mundo está ficando cada vez mais pra atrás. Preocupado com a crise internacional e a possibilidade de recessão o governo brasileiro tem adotado uma política de facilitação do acesso ao crédito, como forma de impulsionar a economia. É uma boa iniciativa do ponto de vista do consumidor. Mas é preciso cautela e, fazer o dever de casa, comparando as taxas com os critérios e condições oferecidas, que muitas das vezes a propaganda esconde deliberadamente.
“Pensando no nosso futuro beneficiário e mirando na solvabilidade da nossa carteira de empréstimos resolvemos ampliar o valor máximo e o prazo de pagamento e reduzir ainda mais a taxa de juros”, afirma o Diretor Administrativo-Financeiro, Adir Oliveira. Ele explica que a carteira de empréstimos não é um benefício e sim um investimento e que por isso é importante estabelecer regras que facilitem o acesso ao crédito, mas de forma responsável. “Prestações alongadas e taxas de juros mais em conta todo mundo quer, mas é bom não esquecer que existe um compromisso e que ele deve ser saldado no prazo contratado”, alerta.
Novas regras
Pelas regras anteriores o valor máximo do empréstimo era R$ 26.038,33 (R$ 25 mil líquidos em conta corrente), em 42 vezes, com prestação de R$ 760,78. A partir de agora, o valor máximo é R$ 39.578.26 (R$ 38 mil líquidos em conta corrente), em 72 parcelas e com prestação de R$ 737,22. As novas regras foram elaboradas pela Diretoria e aprovadas na reunião do Conselho Deliberativo realizada no último dia 5 de outubro.
Veja abaixo uma tabela comparativa com uma simulação de empréstimo de R$ 10 mil. A comparação é com as condições oferecidas atualmente pelos dois principais bancos públicos – BB e CEF – e considera um INPC com variação de 5,5%.
A CEF concede empréstimo com juros de 1,37% a.m. para os clientes CEF, que possuem cartão de crédito da CEF e receber o salário pela CEF. No empréstimo consignado da CEF (desconto em folha de pagamento) o juro é de 1,67% a.m. A CEF cobra juros de 4,27% a.m para seu cheque especial (nobre), o que dá ao final de um ano 65,16% a.a. O BB cobra juros de 2,64% a.m. nos seus empréstimos consignados e aplica 4,7% de juros ao mês no seu cheque especial (nobre) o que dá no ano uma taxa de 73,52 a.a.
COMPARATIVO DE TAXAS / PRESTAÇÕES DE EMPRÉSTIMO DE R$ 10 MIL EM 24 PARCELAS | ||||||
1ª | 6ª | 12ª | 18ª | 24ª | TOTAL | |
CEF | 491,74 | 491,74 | 491,74 | 491,74 | 491,74 | 11.801,76 |
CEF | 509,15 | 509,15 | 509,15 | 509,15 | 509,15 | 12.219,60 |
BB | 567,68 | 567,68 | 567,68 | 567,68 | 567,68 | 13.624,32 |
CASANPREV | 462,37 | 472,80 | 485,62 | 498,80 | 512,33 | 11.686,69 |
CASANPREVxCEF – TX 1 | -29,37 | -18,93 | -6,11 | 7,06 | 20,59 | -115,06 |
CASANPREVxCEF – TX 2 | -46,78 | -36,34 | -23,52 | -10,34 | 3,18 | -532,90 |
CASANPREV x BB | -105,31 | -94,87 | -82,05 | -68,87 | -55,34 | -1.937,63 |
COMPARATIVO DE TAXAS / PRESTAÇÕES DE EMPRÉSTIMO DE R$ 10 MIL EM 72 PARCELAS |
1ª | 12ª | 24ª | 36ª | 48º | 60º | 72º | TOTAL | |
CEF – TX 1 | 219,35 | 219,35 | 219,35 | 219,35 | 219,35 | 219,35 | 219,35 | 15.573,85 |
CEF – TX 2 | 239,76 | 239,76 | 239,76 | 239,76 | 239,76 | 239,76 | 239,76 | 17.022,96 |
BB | 311,59 | 311,59 | 311,59 | 311,59 | 311,59 | 311,59 | 311,59 | 22.122,89 |
CASANPREV | 186,26 | 195,62 | 206,38 | 217,74 | 229,71 | 241,27 | 254,54 | 15.524,29 |
CASANPREVxCEF – TX 1 | -33,09 | -23,72 | -12,96 | -1,60 | 10,36 | 21,92 | 35,19 | -49,563 |
CASANPREVxCEF – TX 2 | -53,50 | -44,13 | -33,37 | -22,01 | -10,04 | 1,51 | 14,78 | -1.498,67 |
CASANPREV x BB | -125,33 | -115,96 | -105,20 | -93,84 | -81,87 | -70,31 | -57,0483 | -6.598,60 |