Nem todos ganham mais com nova regra para cálculo da aposentadoria

Nem todo mundo ganha com a nova regra proposta pela Câmara para as aposentadorias, que garante benefício integral se a soma da idade e do tempo de contribuição der 85, para a mulher, ou 95, para o homem. Para ter o benefício sem o corte previsto pelo fator previdenciário, grande parte dos segurados da Previdência terá que trabalhar mais que o necessário para se aposentar se o novo sistema prevalecer.
Um homem que possa se aposentar com 54 anos de idade precisaria adiar a aposentadoria por três anos para não sofrer cortes, dizem especialistas. Ou seja, o novo modelo só traria vantagem para ele se ele puder esperar e abrir mão do benefício da Previdência nesse período. “O trabalhador mais velho começa a ter mais gastos, com cuidados médicos, novos produtos etc., e vê a aposentadoria como um complemento de renda. Se aposenta assim que pode e continua trabalhando”, afirma o advogado Wladimir Novaes Martinez, especialista no tema.
Segundo o Ministério da Previdência, mais da metade (55%) das aposentadorias por tempo de contribuição eram concedidas a segurados com até 54 anos em 2013, e 87% eram concedidas a pessoas com até 59 anos de idade. Os mais beneficiados pela mudança seriam os que se aposentam perto dos 60 anos –só 11% dos segurados se aposenta entre 60 e 64 anos. “Essas pessoas já são beneficiadas pela regra atual”, diz o consultor Newton Conde.
Para ele, dificilmente alguém que tenha que trabalhar por mais tempo para aproveitar a nova regra adiará o pedido da aposentadoria. O advogado Daisson Portanova concorda. “Se o desemprego aumentar, mais gente vai optar pela aposentadoria o quanto antes”, afirma:
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