Sensibilizar novos doadores e fidelizar os já existentes é o objetivo da Campanha Nacional de Doação de Sangue em 2015. A ação que tem o slogan “Doar sangue é compartilhar vida” é também uma mensagem de agradecimento aos atuais doadores. Em 2014, cerca de um milhão de pessoas praticaram o ato de solidariedade pela primeira vez, o que representa 38% do total das doações de sangue. Já outras 1,6 milhão (62%) retornaram para doar.
Atualmente, 1,8% da população brasileira doa sangue. Embora o percentual fique dentro dos parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS) – de pelo menos 1% da população – o Ministério da Saúde trabalha para aumentar o índice. A expectativa é reforçar a importância dessa atitude por meio da campanha, que contará com spot, vídeo e peças para redes sociais, além da distribuição de material gráfico nos estabelecimentos de saúde.
Entre 2013 e 2014, houve aumento de 5% nas coletas de bolsa de sangue no país, passando de 3,5 milhões para 3,7 milhões. Já as transfusões de sangue aumentaram 6,9%. Em 2013, foram realizados 3 milhões de procedimentos, sendo que no ano passado foram 3,3 milhões. O perfil dos doadores de sangue se mantém estável ao longo dos últimos anos. Em 2014, 61% eram do sexo masculino e 39% do sexo feminino. O maior percentual está na faixa etária a partir dos 29 anos, com 59% do total dos doadores, enquanto as pessoas de 18 a 29 anos representam 41%.
Assistência
No Brasil, pessoas entre 18 e 60 anos podem doar sangue. Para os menores, é necessário o consentimento dos responsáveis e entre 60 e 69 anos a pessoa só poderá doar se já o tiver feito antes dos 60 anos. Além disso, é preciso pesar no mínimo 50 quilos e estar em bom estado de saúde. O candidato deve estar descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação, não fumar e não estar de jejum. No dia, é imprescindível levar documento de identidade com foto.
A doação é 100% voluntária e beneficia qualquer pessoa independente de parentesco. É importante lembrar que o sangue é essencial para os atendimentos de urgência, realização de cirurgias eletivas de grande porte e tratamento de pessoas com doenças crônicas, como Doença Falciforme e a Talassemia, além de doenças oncológicas variadas que necessitam de transfusão frequentemente. Atualmente, 32 hemocentros coordenam os 530 serviços de coleta (hemocentros regionais e núcleos de hemoterapia) distribuídos por todo o país.