5º Encontro reúne aposentados de todo estado

O 5º Encontro dos Aposentados da CASANPREV é o maior realizado desde que o evento começou a ser realizado. São cerca de 200 presentes, interessados em saber mais de sua Fundação, além de reencontrar colegas de trabalho. Participam do evento aposentados de todas as regiões do estado.

O Encontro acontece em Florianópolis no hotel do SESC, no bairro Cacupé.

O primeiro momento do evento é de reencontro. O saguão do local é o palco e conversas animadas de aposentados que tem no evento a oportunidade única de rever colegas de trabalho que vem de várias regiões. Lembranças, abraços e sorrisos fazem parte do primeiro bloco do evento.

A abertura foi feita pela Diretoria que ressaltou a importância do evento para o fortalecimento da entidade. “Este evento tem um significado especial, pois reúne as pessoas que acreditaram no projeto de Fundação que hoje é uma realidade”, comemorou o Diretor de Seguridade, Fernando Barros.

O Diretor Presidente Adir Oliveira saudou os presentes lembrando que a CASANPREV é uma conquista de todos. “Nascemos num tempo de poucas expectativas, e hoje somos uma entidade sólida”, avaliou o Adir.

Abertura do 5º Encontro

SEGURIDADE

A primeira apresentação técnica tratou dos dados de seguridade da Fundação. O diretor Fernando Barros começou apresentando o programa de Seguro de Vida em Grupo que é oferecido aos participantes da entidade por meio de convenio com o grupo Icatu.

Em seguida apresentou os números atuais de participantes, que são 996 ativos, 620 assistidos, 230 em PDI,  10 autopatrocinados e 7 em Benefício proporcional deferido. Além disso ele destacou que desde 2017 houve 67 adesões ao plano, o que aponta para crescimento. “Hoje temos a empresa incluindo a apresentação da CASANPREV na recepção aos novos empregados, o que é muito favorável.

Fernando destacou que a Fundação já pagou desde 2013 R$ 54,2 milhões em benefícios, que são pagos rigorosamente em dia.

FINANCEIRO

Coube a Adir de Oliveira a apresentação dos resultados financeiros da entidade. Ele destacou as dificuldades de obter rentabilidade em 2018, “o ano mais volátil financeiramente dos 10 anos da Fundação”, explicou. No entanto apresentou números positivos, com a rentabilidade de 10,40% no ano, superior a indicativos como CDI, poupança e a própria meta atuarial do plano, que foi de 9,40%. A meta atuarial é a rentabilidade necessária para manter o equilíbrio financeiro no longo prazo. Nos últimos três anos a rentabilidade vem superando a meta, apesar da instabilidade do mercado.

Outro dados destacado foi o crescimento patrimonial. Mesmo pagando benefícios, o patrimônio segue crescendo e chegou a R$ 270 milhões em 2018. A política de investimento da Fundação baseia-se em aplicações em renda fixa, onde está alocado 66,33 dos investimentos. “Nós temos que buscar sempre a melhor rentabilidade com  menor exposição a riscos possível, mas sempre que os juros da renda fixa não cobre nossas metas, temos que buscar outras modalidade de aplicação”, explicou.

ENVELHECIMENTO E FELICIDADE

Palestra de Mirian Goldberg

O segundo momento do Encontro foi dedicado a discutir “envelhecimento e felicidade”. Para animar o debate houve palestra de Miriam Goldberg, antropóloga e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A palestrante, que também é colunista do jornal Folha de São Paulo,

Miriam começou a palestra comentando a perspectiva de prolongamento da vida. “A perspectiva é de que vivamos muito mais do que pensamos, as pesquisas mostram isto”, apontou. Segundo ela a população que mais cresce no Brasil são as pessoas com mais de 60 anos.

A palestrante apresentou uma pesquisa realizada em 40 países que mostra a “curva da felicidade” que revela que o índice de felicidade é mais baixo aos 45 anos. “Quando a gente está crescendo a gente tem intensa felicidade, mas os compromissos do amadurecimento vão gerando insatisfações. Depois dos 45 a curva começa a subir de novo e as pessoas começam a ser de novo mais felizes”, relatou.

Segundo Mirian, na faixa dos 40 aos 45 anos as mulheres experimentam uma fase de mar tensão, com as dúvidas sobre vestuário, corte de cabelo e comportamento. “É a fase do ‘será que eu posso’, com dúvida sobre usar minissaia, roupas coloridas… Nesta fase as mulheres se sentem invisíveis”, lamentou.

Míriam salientou os dados crescente de violência doméstica contra idosos. “Há abusos de violência física, psicológica, verbal e financeira, que partem de filhos e netos”, denunciou.

Com enfoque de gênero, Mirian comentou que a pesquisa que realiza demonstrou que 91% dos homens não mudam hábitos quanto ao uso de roupas e utensílios, enquanto 95 das mulheres dizem que abandonam ou mudam hábitos em função do envelhecimento.

Foi apresentada a perspectiva levantada em pesquisas de que a pirâmide etária se altere profundamente nas próximas décadas, com o Brasil tendo perspectiva de ter a maior parte de sua população com mais de 50 anos já em 2040.

Uma pesquisa apresentada demonstrou que o envelhecimento não é geneticamente definido, e que os bons hábitos de saúde podem reverter tendência biológicas e proporcionar um envelhecimento saudável em todos os sentidos. A pesquisa foi realizada com pessoas com mais de 85 anos e apontou que mesmo com problemas fisiológicos decorrente da idade, os pesquisados se sentiam felizes. “Não é verdade que o velho é um pote de mágoas”, sublinhou a palestrante.

Outro dado curioso na palestra é que nas pesquisas que avaliam o crescimento da internet no Brasil, o público idoso é o que mais cresce, representando 23% dos novos usuários. O percentual de pessoas com mais de 60 anos que acessam a internet no Brasil desde 2016 cresceu de 25 para 31%. E 76% dos brasileiros com mais de 50 anos estão no Facebook, 86% tem celular e 78% tem smartphones. Os principais motivos de uso são busca de informação e pesquisa.

Mirian é entusiasta do uso da tecnologia por idosos. “Possibilita reencontros, atualizações e muita comunicação. Há casos de idosos que recuperam amizades e amores do passado e até namoros”, ilustrou a professora. Para ela a tecnologia permite mais conexão com a família, filhos, netos, inclusive os que moram até em outros países. Além disso, os aspectos ligados a segurança decorrente da conectividade foram salientados.

A palestrante assinalou que o maior valor para quem envelhece é a independência. “Para eles a independência não é só motivo de orgulho como de felicidade”, disse. Precisamos aprender a respeitar e estimular a independência dos idosos. “Cuidar não é tirar autonomia nem tutelar a pessoa, e a própria tecnologia favorecem a independência”, afirmou.

CONSELHEIRO

O conselheiro Márcio Dutra foi o primeiro a falar no período da tarde. Salientou a importância dos aposentados permanecerem informados e conectados à CASANPREV, sem ficar alheios aos temas internos. “Nós aposentados temos a prerrogativa de eleger um conselheiro, e isto precisa se valorizado”, refletiu Dutra. Temos que saber sempre o que acontece na nossa Fundação para evitar que venha a no futuro a ser gerida por pessoas pouco comprometidas com sua história.

Para o Conselheiro é importante que a Fundação persista com uma gestão competente e independente. Dutra salientou que o Conselho Deliberativo já rechaçou iniciativa da patrocinadora de ampliar o número de diretores da CASANPREV. “Nós temos uma boa gestão, que demonstra ser competente e suficiente, sem necessidade de criação de um cargo que seria ocupado politicamente”, finalizou.

PLANO DE SAÚDE

O Diretor Presidente informou que o tema plano de saúde não é legalmente pertinente à natureza da CASANPREV. Tem havido estímulo para que haja a criação de uma caixa de assistência para gerir um plano de saúde que atenda ativos e aposentados. O assunto tem sido tratado recorrentemente com a Casan e os sindicatos. A necessidade seria uma caixa no modelo de autogestão.

PLANO FAMÍLIA

Foi informado no evento que a CASANPREV está fazendo estudos com vistas à criação de um plano familiar, para atender previdenciariamente filhos e outros dependentes e familiares de participantes. Seria um plano previdenciário aberto, nos moldes dos oferecidos no mercado de previdência privada. O diferencial seria o fato da CASANPREV não ter fins lucrativos e reunir potencialmente um número maior de pessoas. Ao contrário dos planos oferecidos, a CASANPREV poderia oferecer taxas menores e mais vantajosas.

Seria uma alternativa de previdência para quem deseja ter um adicional a aposentadoria oferecida pelo INSS que, com grande flexibilidade, é ao mesmo tempo investimento e segurança de renda futura.

Foram detalhados vários itens do estudo, como a mecânica do plano e diversas vantagens que seriam oferecidas pelo modelo, tais como conta individual, possibilidade de saque a qualquer momento e possibilidade de indicar qualquer beneficiário em caso de falecimento.

SORTEIO

O evento foi finalizado com um sorteio de brindes entre os participantes, selando o ambiente de reencontro e confraternização.

Em breve será divulgado aqui no site o álbum de fotos do evento.

 

 

 

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Comentários

  1. Agradecimentos à equipe CASANPREV
    pela realização do 5º evento, sendo mais um sucesso realizado.
    Parabéns e Boa Noite.

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