Inflação
A estimativa do BC é que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tem oscilado em torno 9,30%. Se confirmado, será o maior índice em 12 anos, ou seja, desde 2003 – quando somou os mesmos 9,30%. Segundo economistas, a alta do dólar e, principalmente, dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressiona os preços em 2015. Para 2016, os economistas das instituições financeiras elevaram sua expectativa de inflação para 5,64%.
PIB
Para o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, os analistas passaram a estimaruma retração de 2,55%. Se confirmado, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990 – quando foi registrada uma queda de 4,35%.Para 2016, os economistas das instituições financeiras passaram a prever uma contração de 0,6% na economia do país – na sexta revisão para baixo seguida.
Se a previsão se concretizar, será a primeira vez que o país registra dois anos seguidos de contração na economia – a série histórica oficial, do IBGE, tem início em 1948. O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.
Juros
Após o BC ter mantido os juros estáveis em 14,25% ao ano, no último informe, o maior patamar em nove anos, o mercado manteve a estimativa de que não devem ocorrer novos aumentos de juros em 2015. Para o fim de 2016, a estimativa ficou estável em 12% ao ano – o que pressupõe reduções da taxa Selic ao longo do ano que vem.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. Pelo sistema de metas de inflação brasileiro, a instituição tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados. As taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito, o que pode contribuir para o controle dos preços.
Conjuntura
Soma-se ao quadro de recessão, inflação e juros elevados, desemprego em alta, desvalorização cambial, rebaixamento da nota de crédito a grave crise política que atravessa o País, que tem contribuído para abater a confiança dos agentes econômicos e abalar a aprovação da presidente Dilma Rousseff.No cenário externo, ainda é incerta a extensão dos problemas da China, que vem impondo duros controles sobre os mercados de capitais para evitar as acentuadas quedas visualizadas nas últimas semanas.
Dos Estados Unidos, por sua vez, espera-se que nos próximos meses seja iniciado o movimento de alta de juros e enxugamento monetário, o que pode pressionar ainda mais o câmbio no Brasil.
Fundos
Para enfrentar a alta volatilidade dos mercados doméstico e internacional e conviver com as perspectivas de baixo crescimento do país, os fundos de pensão promoveram uma mudança no perfil de suas carteiras em 2014 e início de 2015. As duas principais alterações foram o início dos investimentos no exterior e a concentração das aplicações na renda fixa, reduzindo a exposição de investimentos em Bolsa. A predominância na renda fixa, na verdade, não é um fato novo, ao contrário, é uma política muito conhecida das fundações, mas que voltou com mais força desde o final de 2013. E o processo não deve parar por aí, pois o cenário de alta volatilidade deve persistir.
(com informações do G1, Focus, Valor, UOL, Investidor Institucional e Diário Abrapp)