Ministério vai usar redes sociais para ampliar doação de sangue

O Ministério da Saúde quer aumentar o número de doadores regulares de sangue no país dos atuais 2% da população para 3%, patamar recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Para isso, a ideia é aproveitar as ferramentas das redes sociais para cadastrar potenciais doadores e direcionar essas pessoas aos hemocentros mais próximos. De acordo com o ministro Alexandre Padilha, o banco virtual criado pelo ministério no Facebook, em novembro de 2011, já conta com mais de 7 mil doadores voluntários e o objetivo é dobrar esse número, alcançando 15 mil até o fim do ano.

O ministro destacou que o Brasil conta com 36 polos de hemocentros e mais de 300 hemocentros públicos. Ele também ressaltou que os meses de junho e julho são considerados os mais críticos em relação aos estoques de sangue, quando são registradas reduções de até 25% nas doações. “São meses de férias, de inverno e de chuva em várias regiões. Nossas campanhas em locais abertos também ficam comprometidas”, explicou. Padilha acrescentou que o procedimento é totalmente seguro tanto para os doadores quanto para quem recebe sangue.

O Ministério da Saúde investiu, no ano passado, R$ 380 milhões na rede de sangue e hemoderivados no país. Para este ano, está previsto investimento no valor de R$ 580 milhões.

Teste
O teste está sendo implantado no país, desde maio de 2010. Desde então, os serviços de hemoterapia coordenados pelo Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Santa Catarina, Fundação Hemocentro de Brasilia (DF), Hemominas (MG) e Hemocamp (Campinas – SP) passaram a contar com as plataformas testadoras. Até agosto deste ano, a realização do teste será expandida para mais cinco plataformas: Ribeirão Preto, Ceará, Paraná, Amazonas e Pará.

O teste de biologia molecular tem objetivo de reduzir a janela imunológica – intervalo de tempo entre a infecção e a detectação por exames da produção de anticorpos pelo corpo. O teste torna a triagem das bolsas mais confiável e reduz, por exemplo, de 70 para 20 dias esse período de detecção, no caso de Hepatite C, e de 21 para 10 dias, do HIV.

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