O número de menores de 10 a 17 anos trabalhando no país caiu de 3,9 milhões em 2000 para 3,4 milhões em 2010, segundo dados do Censo divulgados na terça-feira (12) pelo IBGE e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), no Dia Mundial contra o Trabalho Infantil.
Apesar da queda, o Brasil ainda está distante da meta de erradicação do trabalho infantil assumida perante a OIT para até 2020. Em estados como Roraima, Amapá, Amazonas e Distrito Federal, o número de crianças exploradas cresceu bastante no período. Na faixa etária de até 15 anos, onde o trabalho é ilegal, o número de crianças trabalhando é de 1,6 milhão. É crescente o número de trabalhadores entre 10 e 13 anos, passou de 700 mil em 2000 para 710 mil em 2010, segundo a OIT. As regiões que mais empregam essas crianças são Norte e Centro-Oeste, mas também o Sudeste viu esse contingente de trabalhadores crescer 15% no período, com maior alta em São Paulo e Rio de Janeiro. O Rio tem 138 mil menores trabalhando, sendo que mais de 24 mil têm até 13 anos. No caminho inverso das outras regiões e até mesmo do seu histórico de trabalho infantil, a Região Nordeste foi a única que viu a ocupação de crianças de 10 a 13 anos diminuir. Foram menos 48 mil crianças trabalhando. Gênero Em 2000, segundo o IBGE, as crianças e adolescentes de 10 a 17 anos de idade representavam 6,0% dos 65,6 milhões de pessoas ocupadas de 10 anos ou mais de idade. Ainda de acordo com o estudo, a queda no número de crianças e adolescentes de 10 a 17 anos de idade ocupados, entre 2000 e 2010, foi maior na área rural (de 1,395 milhão para 1,056 milhão), do que na área urbana (de 2,541 milhões para 2,351 milhões). Em relação ao gênero, o IBGE apurou que a parcela de crianças e adolescentes ocupados, de 10 a 17 anos de idade, do sexo masculino (de 2,065 milhões), manteve-se superior à feminina (de 1,342 milhão) em 2010. |
Agência Brasil/O Globo
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