O anúncio do projeto de Reforma da Previdência pretendido pelo governo federal no dia seis de dezembro gerou muita tensão na população e imediatas reações de amplos setores da sociedade. A mais polêmica das medidas é a necessidade de 49 anos de contribuição para obter o benefício de aposentadoria integral, o que transformaria a idade mínima de 65 anos (que seria igual para homens e mulheres) apenas numa referência, já que com esta idade a maioria teria direito apenas a aposentadoria proporcional.
Pelas regras propostas, o trabalhador precisa atingir a idade mínima de 65 anos e pelo menos 25 anos de contribuição para poder se aposentar. Neste caso, ele receberá 76% do valor da aposentadoria. A cada ano que contribuir a mais terá direito a um ponto percentual. Desta forma, para receber a aposentadoria integral, o trabalhador precisará contribuir por 49 anos, a soma dos 25 anos obrigatórios e 24 anos a mais.
Um exemplo: Um contribuinte que hoje tenha 50 anos de idade e 25 anos de contribuição poderia receber aposentadoria integral 60 anos de idade e 35 de contribuição (fórmula 95). Se a Reforma for aprovada este trabalhador só poderá se aposentar com benefício integral 14 anos depois, quando tiver 74 anos.
Ainda há enormes incertezas sobre a configuração final da reforma, visto a grande resistência da sociedade que tem considerada absolutamente injusta e agressiva aos trabalhadores a proposta do governo.
Ainda não é possível avaliar que tipo de impacto a reforma trará para entidade de previdência complementar, como a CASANPREV.