A última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) elevou a Selic para 8,50% ao ano, remuneração limite para a caderneta de poupança retornar à sua antiga forma de remuneração: o rendimento fixo de 0,50% ao mês mais Taxa Referencial (TR). E se as previsões do mercado estiverem corretas, esses tempos vão voltar ainda neste ano – possivelmente já na próxima reunião do Copom, em 27 e 28 de agosto.
Desde 4 de maio de 2012, quando mudaram as regras da caderneta de poupança, a aplicação mais popular do Brasil passou a ter duas formas de remuneração: quando a taxa básica de juros, a Selic, for maior do que 8,50% ao ano, sua remuneração segue a velha regra já conhecida dos brasileiros, de 0,5% ao mês mais TR; sempre que a Selic for igual ou menor que 8,50% ao ano, a remuneração corresponde a 70% da Selic mais TR, sendo que esta última costuma valer zero nesse cenário.
Os analistas ouvidos pelo Boletim Focus do Banco Central esperam que a Selic termine o ano em 9,25% ao ano, fechando 2014 em 9,50%. A julgar pelo ritmo do BC em elevar ou reduzir juros, é de se esperar que essa alta, se confirmada, seja gradual ao longo das próximas três reuniões.
A remuneração da poupança agora já se aproxima bastante da remuneração da poupança antiga. Veja na tabela a seguir as remunerações das duas formas de poupança em comparação a outras aplicações semelhantes (conservadoras e atreladas à Selic ou ao CDI, taxa que costuma se aproximar da Selic):
Hoje que a taxa CDI tem estado um pouco abaixo da Selic – o que torna os CDBs e os fundos DI mais desvantajosos frente à poupança e, sobretudo, ao Tesouro Direto – os contratos futuros da taxa DI de um dia com vencimento no início de 2014 estão negociados a taxas entre 8,50% e 9,00% ao ano. Ou seja, o mercado como um todo parece estar apostando em mais altas da Selic e, consequentemente, no retorno à velha remuneração da poupança. |
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