Dirigentes e profissionais ligados a entidades fechadas de previdência privado do Rio Grande de Sul, Paraná e Santa Catarina estiveram reunidos em Florianópolis nos dias dois e três de julho, durante o VII Encontro de Previdência Complementar da Região Sul que teve como tema Oportunidades e Confiabilidade.
A abertura contou com a presença do Presidente da Abrapp – Associação Brasileira de Entidades de Previdência Fechada, Luiz Ricardo Marcondes Martins, que ressaltou os desafios das entidades previdenciárias em um cenário de instabilidade política e institucional, em que a própria previdência estatal vive a expectativa de uma reforma. Ele destacou ainda as dificuldades de prever um cenário no mercado financeiro diante de todas as variáveis ainda imprevisíveis.
José Manoel de Oliveira, presidente da ASCPrev, a associação das entidades de previdência de Santa Catarina, saudou os presentes na condição de anfitrião, já que o evento foi organizado pela entidade que preside.
A Previc – Superintendência de Previdência Complementar do Ministério da Previdência foi representada pelo Diretor de Orientação Técnica e Normas Substituto, Christian Aggensteiner Catunda.
Criatividade na abertura
A palestra de abertura do Encontro trouxe um tema abrangente, pertinente a um cenário com inúmeros desafios: Criatividade. O jornalista e radialista Marcos Piangers foi convidado para falar sobre Criatividade Fora da Caixa Dentro da Caixa.
Com linguagem descontraída, Piangers tratou da necessidade de pensar além das convenções estabelecidas e de se promover rupturas com modos tradicionais de enfrentar os problemas. Segundo o palestrante está em curso uma revolução tecnológica e de comportamento que nos coloca em um mundo de novos paradigmas.
Desafios de gestão
O primeiro painel temático colocou em pauta os temas mais presentes no dia-a-dia das entidades de previdência complementar. A gestão das entidades foi debatida a partir dos pontos de vista jurídico, contábil e atuarial. Mediados pela diretora da Previsc, Regídia Frantz, os debatedores foram Giovana Letti, que tratou das questões jurídicas; Júlio César Pasqualeto abordou os aspectos de contabilidade e Rafael Porto falou dos temas atuariais.
Investimentos
Cenário Econômicos e Estratégias de investimentos foi o segundo painel que, mediado pela diretora da Previpar, Cláudia Janesko, tratou aprofundadamente de questões objetivas como as perspectivas da renda variável (sobretudo bolsa de valores) e a perspectiva de uma queda de juros efetivos nos Brasil.
Os debatedores foram Rogério Poppe (ARX Investimentos), Edgar Loureiro (Bradesco Asset Menagement), Frederico Sampaio (Franklin Templeton Investimentos Brasil) e Diego Santos (Banco Itaú).
Reforma da Previdência
O Consultor José Edson da Cunha Jr. fez a segunda palestra sobre o impacto da Reforma da Previdência nos Fundos de Pensão. O palestrante destacou que há muitas incertezas sobre qual será a feição da reforma e que, neste momento, até a sua realização é difícil de prever. Mas, segundo ele, qualquer medida que alongue o tempo de contribuição e retarde as aposentadorias tem grande impacto nos fundos, podendo redesenhar as perspectivas atuariais das entidades. Ele afirmou que pode surgir um novo cenário com dificuldades e oportunidades ainda difíceis de mensurar.
Sustentabilidade
O painel mediado por Edison Massulo Lisboa, da Tchê Pevidência, tratou da sustentabilidade. O debate tratou desde experiências de educação previdenciária ao desenho do perfil das novas gerações que chegam ao mundo corporativo.
Em nome da ASCPrev, Carolina Pereira Simões apresentou o programa A Escolha Certa, que há cinco anos promove a educação financeira e previdenciária a partir das entidades de Santa Catarina. Álvaro da Luz, da AlvoEduca, tratou dos aspectos culturais que influenciam na educação financeira e na falta de hábito de poupar para o futuro. O professor da Fundação Getúlio Vargas, Claudio Tosta, abordou especificamente o perfil das gerações, destacando o desafio das entidades previdenciárias de se relacionar positivamente com as gerações X e Y, nascidas e criadas sob o signo da revolução da informatização.
Oportunidades
A palestra de encerramento coube ao navegador e empresário Amyr Klink, que entremeou histórias de suas aventuras náuticas com a percepção de construção dos negócios de construção e compartilhamento de embarcações que administra atualmente.
Cultura
Entre os painéis e palestras os participantes puderam ter contato com a cultura da capital catarinense pelas apresentações das personagens Dona Bilica e Dona Maricotinha, que divertiram o público com suas irreverências vestidas com o típico sotaque dos florianopolitanos de ascendência açoriana.
Reunião sobre previdência
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