Depois de negociar as medidas de restrição em benefícios previdenciários, como pensões por morte e auxílio-doença, no Congresso Nacional, o governo Dilma Rousseff vai iniciar uma discussão com os movimentos sindicais para acabar com o fator previdenciário.
A informação é do ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, que concedeu ao jornal O Estado de S. Paulo sua primeira entrevista após assumir o cargo. A ideia, disse ele, é substituir o fator, criado em 1999, por uma fórmula que retarde as aposentadorias no Brasil.
“O fator previdenciário é ruim porque não cumpre o papel de retardar as aposentadorias. Agora nós precisamos pensar numa fórmula que faça isso, e defendo o conceito do 85/95 como base de partida. As centrais concordam com isso”, afirmou Gabas.
A fórmula 85/95 soma a idade com o tempo de serviço: 85 para mulheres e 95 para homens. O ministro disse que, ao se aposentar cedo, com o fator, a pessoa recebe benefício menor, que acaba servindo como complemento de renda.
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Estadão
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