Agência da ONU projeta desempenho fraco da economia brasileria em 2012

A atividade econômica do Brasil deve repetir 2011, quando cresceu 2,7%, e será o segundo pior desempenho da América do Sul, ganhando apenas do Paraguai, que terá retração de 1,5% em sua economia este ano, de acordo com relatório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), divulgado na quinta-feira (14).

O organismo das Nações Unidas manteve a projeção de expansão de 3,7% para a América Latina e o Caribe. Abaixo, portanto, dos 4,3% alcançados em 2011. As maiores taxas de crescimento, de acordo com previsão da Cepal, serão registradas pelo Panamá (8%), Haiti (6%), Peru (5,7%), pela Bolívia (5,2%), Costa Rica (5%), Venezuela (5%) e pelo Chile (4,9%) e México (4%).

A segunda maior economia da América do Sul, a Argentina, terá evolução menor, de 3,5%, segunda a Cepal, mas ainda à frente do Brasil, maior economia latino-americana. Nesse quesito, a agência das Nações Unidas contradiz o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), que em ranking divulgado na segunda-feira (11) derrubou a projeção de crescimento da vizinha Argentina de 3,5% para 2,2%, enquanto previa 2,9% para o Brasil e 3,5% para a América Latina.

Crise
De acordo com a projeção macroeconômica da Cepal, o impacto da atual crise financeira na Europa, bem como o menor ritmo de crescimento da China e a ainda baixa expansão da economia norte-americana refletem diferentemente nos países da região, de acordo com a importância relativa dos mercados de destino de suas exportações.

A Cepal destaca que no primeiro trimestre deste ano o crescimento esteve associado ao aumento da demanda interna em cada economia, e o setor de serviços, particularmente o comércio, manteve-se como um dos segmentos mais dinâmicos. Cenário tocado pelo consumo privado, em decorrência da evolução do emprego, dos salários e da expansão do crédito; e, no caso de alguns países, por causa do aumento das remessas provenientes principalmente dos Estados Unidos.

A análise da Cepal ressalta que no primeiro trimestre deste ano foi constatado crescimento menor da região como um todo, comparado a igual período do ano passado. As taxas evoluíram no Peru, Chile, na Venezuela, Bolívia, no México e nos países do Caribe, mas perderam ritmo no Brasil e foram significativamente menores na Argentina, Colômbia e Guatemala. Só o Paraguai registrou taxa negativa, mas não mencionou percentual.

Portal Economia SC

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